sábado, 20 de junho de 2009

Meio calada,
Meio cansada,
Entorpecida pela mentira
Que invade uma vida.
Grita de dor,
Coração ferido, magoado,
Pisado e maltratado.
Sonha o futuro desfeito,
Apertado no peito
De uma amante exausta.
No corpo o cheiro,
Uma presença constante.
Na alma a solidão,
Como uma noite sem estrela,
Sem lua ou brisa.
Só escuridão.

Márcia Andrade

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