segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Está no ar
Está no olhar
Está na sombra do par
A luz de um novo dia.
Esperanças perdidas
Catadas a dedo.
Desejo sonhado
Desejo desenhado
Está no seu sorriso infantil
No seu jeito maroto
No garoto dentro de você.
Os olhos piscam
Um suspiro escapa
E na louca fantasia
Você, meu príncipe, me abraça
Me sonha, me enlaça.
Em um sussurro digo que te amo
Mas para que se já está
No ar
No olhar
Em nossas sombras...

domingo, 5 de julho de 2009

O silêncio da noite
Me traz lembranças
Dos momentos já vividos.
De repente, vem uma vontade louca de escrever,
Porque gritar o seu nome
Quebraria o encanto do momento.
Foi um instante de beleza e ternura.
Que perdura em meu ser.
As estrelas do meu céu
Brilham eternamente,
Como que lembrando...
Minha voz treme ao pronunciar seu nome.
Eu, cansada, começo a dormir.
E dormindo eu sonho...
Sonho com você Numa viagem irreal,
Em um mundo de prazer
Onde o instante vira eternidade.

domingo, 28 de junho de 2009

Às vezes eu fico pensando
Em como seria tão bom
Se eu pudesse voar.
Se eu pudesse cantar.
Se eu pudesse fazer dos meus sonhos
A mais concreta realidade.
As horas, os dias, vão passando
E cada vez mais sinto dificuldade
De segurar em minhas mãos
A felicidade que eu persigo.
O tempo corre,
Eu vou atrás dele.
Em uma esquina qualquer da vida
A gente se encontra.
Eu e a felicidade.

Márcia Andrade

terça-feira, 23 de junho de 2009

Diante do espelho da vida
Vejo uma pessoa distante
Que parada no tempo
Não percebe a corrida.
Vem e vai.
Vai e volta.
Mas continua parada no tempo.
No tempo da vida sem tempo. No tempo da vida sem vida.

Márcia Andrade

sábado, 20 de junho de 2009

Meio calada,
Meio cansada,
Entorpecida pela mentira
Que invade uma vida.
Grita de dor,
Coração ferido, magoado,
Pisado e maltratado.
Sonha o futuro desfeito,
Apertado no peito
De uma amante exausta.
No corpo o cheiro,
Uma presença constante.
Na alma a solidão,
Como uma noite sem estrela,
Sem lua ou brisa.
Só escuridão.

Márcia Andrade

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Momentos

Há momentos
Em que o tempo para,
O mar se acalma,
As pessoas se calam.
São instantes vazios
De uma vida sem cor.
Há momentos
Em que o vento não sopra,
O sol se esconde,
As pessoas sonham.
São instantes finitos
Que duram uma eternidade.
Há momentos
Em que os pássaros pousam,
Os sinos tocam,
As pessoas choram.
São instantes derradeiros.
Últimos momentos.
A vida é o início;
O cansaço por fim.
É a hora da partida.

Márcia Andrade

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Se a cada lágrima que eu derramasse
Uma estrela se rebelasse,
O céu ficaria apagado
Pois as estrelas sumiriam.
Nenhuma ficaria.
Somente a escuridão.
Escuridão!

Márcia Andrade